sábado, 12 de setembro de 2009

Alfredo, é Gisele (Elisa Lucinda)


Sora vê, daqui do táxi a gente sabe é cada coisa... Sabe e aprende, aprende até a não ter preconceito.

Eu vou dizer cada um tem o seu segredo, tem seu cada qual. Nem que seja uma coisica de nada, no fundo todo mundo sabe que la dentro tem uma verdade só dele que as vezes nem ele mesmo sabe.


Outro dia peguei um casal assim já de meia idade, bem apessoado, lá no Centro, eles tinham ido vê uma tal de uma Ópera, sei lá. Já eram umas 11 e meia da noite, a gente veio bem até o Aterro, entramos em Botafogo e o trânsito emperrou. A mulher já azedou na hora e foi falando para o marido: - Que trânsito é esse, quase meia noite? Não é esquisito, Alfredo?


E o tal do Alfredo parecia um homem rico, mas não era fino, sabe? E também não gostava dela não. O cara era uma múmia. A resposta dele pras conversas da mulher tavam mais pra rosnado, sabe?


- Alfredo, isso não é um absurdo? A gente aqui parado num trânsito quase de madrugada, não entendo, é estranho, hoje é sábado. Será que é algum acidente, Alfredo?


Como o homem não dizia nada, eu acabei dando o meu pitaco: - Madame simplesmente aqui, da licença, virou um lugar só de "homensexuais". É cheio de barzinho deles, a rua toda. Fim de semana ferve. Quem quiser ver homem beijando homem e mulher beijando mulher se esfregando um no outro, é aqui mesmo.


- Você tá ouvindo, Alfredo? Meu Deus, eles agora tem até bar pra eles, até rua!? Não é um absurdo, Alfredo?


- Ô Onça, cê me conhece, sabe bem como é que eu sou. Pra mim isso se resolve é na porrada. Se eu sou o pai, eu desço do carro e não quero nem saber o que é que entortou, o que é que virou, não quero saber o que é cu e o que é fechadura, baixo o sarrafo na cambada! Eu, com sem ergonhisse, o sangue sobe, eu viro bicho.


Que isto Alfredo pára de falar essas palavras de baixo calão, Alfredo é muito esquentado né motorista?


Eu dei o meu pitaco: - Oh madame, o negócio que ele tá falando é que nem que eu vi lá no filme é uma metáfora. Ele não vai bater, vai só ficar zangado.


- E o senhor sabe lá o que é metáfora? Fica aqui metendo o bedelho na nossa conversa aqui atras.


- Eu sei o que é metáfora sim! Pelo que eu entendi é assim: aquilo não é aquilo, mas é como se fosse aquilo. Então, em vez da gente dizer que aquilo é como se fosse aquilo, a gente diz que aquilo é aquilo. Mas não é. É como se fosse. Entendeu?


- Eu entendi, mas eu to chocada com essa libertinagem. Olha aquele homem... Alfredo, beijando outro homem, de bigode ainda, Alfredo! Olha Alfredo!


- E hoje tá até fraco. Eu falei. Hoje nem tem os "general"?


- Que general?


- General é aquelas mulheres de coturno que parece meio assim um macho. E o outro tipo de general é aquele homem transformista que é a traveca, mas anda é na gillete mesmo.


- Tá ouvindo, Alfredo? A decadência como estão?


- E a gente vai ter que ficar parado nesta merda, ô Coisa?


- Calma Alfredo, não fica nervoso! Isso é questão do nível das pessoas. A gente que tem... não é motorista? ... A gente tem um nivel, a gente tem mais condições, temos que entender essa, essa, como é que eu digo, meu Deus?


- Putariaaa!


Falamos juntos, eu, ela e o tal do seu Alfredo.

- Cruzes Alfredo, olha aquela moça! Gente, uma menina, dezoito no máximo, e a outra maiorzuda no meio das pernas da coitadinha, fazendo sabe lá o quê! Tá vendo Alfredo aquela alí? Alí, aquela Alfredo, em cima do carro! Olha lá Alfredo, a mão da grandona na menina! Elas vão se beijar na boca, minha Nossa Senhora...


- Que transitozinho, hein jararaca? A gente não vem aqui em Botafogo nunca mais, tá ouvindo ô coisa!


- Mas Alfredo olha as duas meninas! Tá beijando, tá beijando, tá beijando Alfredo! Alfredo! Alfredo! Alfredo! Ela parece... Alfredo é Gisele! Alfredo! Nossa filha!?


- Filha da puuuutaaa...


E desmaiou, o tal doutor me desmaiou, enquanto a jararaca da mulé saiu porta afora de sapato na mão atrás das duas e eu pensando: não quero nem saber, vou encostar o carro aqui mesmo e espero o resolver, que umacorrida dessa eu não vou perder, que eu não sou bobo e nem sou rico. Éruim de eu ir embora, heim?


Ai eu fiquei naquela situação: eu com um cara que era um ex-valente todo desmaiado no banco de trás parecendo uma moça, a mulé pisando forte que nem um um macho, um general, indo atrás da filha, quer dizer, tudo trocado e eles reclamando da filha. Se eu pudesse, eu ia lá defender a moça, mas não posso, já que o negócio é de família, né?


Eu não tenho preconceito não, mas é isso que eu tava falando pra senhora: daqui a gente sabe cada coisa! Mas é cada um com o seu cada qual.


Aluno: André Luiz

Bom dia!!!


Hoje estou com gosto de bala na boca. Não sei o pq. Estou estudando quimica e

pensando em como aproveitei bem tudo oq aprendi no ensino médio. Pra variar estou

sendo irônico. A verdade é que odeio estudar e quimica, puft, Jesus...


O tempo está lindo, um sol avermelhado ao fundo das montanhas, visão contraste no

meio de tanta favela que vejo da janela do quarto. Morar na favela é bom, talvez eu

resolva tirar algumas fotos na laje com um biquininho de 5 reais e postar no orkut.


Por falar em tempo, que frio neh? Adoro...

Não sei viver no calor, mesmo pq, não sei viver. Mas ignorando isso, gente, eu

realmente não sei viver no calor. Eu fico suado e minha pele tem uma generosa

desproporção de óleo, que deixa tudo mais bacana. Fico cansado, mais do que

normalmente. Sem falar nas roupas bacanérrimas que se usa no calor.


Por falar em roupas, desisti de comprar roupas. Sim, estou cheio de roupas, muitas delas

bem legais. Mas e daí !? Eu quero aquela que ainda não tenho. Mas as roupas estão

muito caras sabe...


Dinheiro é sempre um problema. Enquanto eu não for um grande jornalista e trabalhar

na tv com algum programa de humor, ou mesmo ser um rock star que toca pop ou mpb,

não vou ser feliz, não vou ter dinheiro, não vou comer ninguém.


Aliás, já não como ninguém há alguns meses. Até minha avó vem fodendo mais que eu,

e olha que ela está morta.


Por falar em morrer, outro dia quase morri procurando a lente de contato. Ela caiu no

chão e eu, o cara que jurou que só idiotas deixavam as lentes cairem no chão, ficou

igual a um tonto procurando-a por toda a parte. Só pra deixar registrado, ela havia caido

em cima do meu pé.


Meu pé está bem, minhas mãos também, mas meu pescoço está com um corte feio de

gilete. Por isso não gosto de fazer a barba. Mas é foda, sempre que resolvo deixar a

barba, recebo um convite de mulher pra sair.E mulher n gosta muito de cara barbado.

Detesto essas frescuras. Minha esposa vai ter que amar barba, Barbie, barbeiragem e barbecue.


Por falar em Barbie...


Fonte: tequilas-black-bar.blogspot.com

Aluna: Bianca

Postura Corporal


Mais do que um corpo esbelto e sarado, a sedução precisa de inteligência corporal para acontecer. "Uma postura confiante é altamente atraente. Ela diz tudo na hora de seduzir alguém".
Por isso, trabalhe sua autoconfiança e autoestima para não deixar seu corpo expressar o que está "torto" dentro de você.
Fonte: msn.minhavida.com.br
Aluno: Wellington Oliveira

Quase (Sarah Westphal)


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez
é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que
me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór,
está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir
entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas,
nem que todas as estrelas estejam ao alcance,
para as coisas que não podem ser mudadas
resta-nos somente paciência
porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória
é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio
ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando, vivendo que esperando
porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.
Aluna: Gabriella Costa de Lima