sábado, 10 de outubro de 2009

Desabafo de um torcedor

Não há como descrever o sentimento atual do torcedor botafoguense, que já se acostumou a ver o glorioso clube da estrela solitária nessa lamentável e constrangedora situação. Eu, botafoguense fanático, tive o prazer de acompanhar uma geração de craques alvinegros, que chegaram, inclusive, a formar a base da seleção brasileira. Hoje, ao mesmo tempo que me sinto revoltado, já não tenho mais esperança de ver meu clube conquistar um título expressivo. Sabemos que não há nada mais irritante do que atuar gozações e zombarias por parte dos flamenguistas. É triste admitir, mas o flamengo, que foi vítima da cartolagem em sucessivas más administrações, é, na verdade o maior clube do Brasil. A força da torcida rubro-negra é realmente impressionante. Ela é capaz de entrar no campo e levar o time do inferno ao céu. É isso que nos diferencia deles, pois a presença dos torcedores alvinegros no estádio chega a ser vergonhosa. O flamengo já passou por situações piores que a nossa e só conseguiu se reerguer pela força da maior torcida do mundo, que está sempre abraçada ao clube. É por isso, meus amigos, que eu tiro o chapéu para eles e espero que os botafoguenses aprendam um pouco do que os nossos rivais sabem fazer de melhor: apoiar incondicionalmente o time e pressionar a diretoria quando for necessário. Isso é um desabafo de um torcedor que viu Garrincha, Nilton Santos, Didi e cia. Não há nada que eu queira mais do que ver o glorioso voltar aos bons tempo. Vamos comparecer aos estádios, companheiros! O Botafogo somos nós.

Bons tempos (Apocalipse 16)


Os tempos bons são presentes de Deus, certo?

Se apaixonar por alguém é muito bom, certo?

Ser correspondido é ainda melhor, certo?

Viver seus dias com quem ama é muito bom, certo?

Maravilha é andar é poder respirar

Maravilha é conhecer lugares que você achou que nunca iria nem pisar

Ver acontecer coisas que você imaginou que nunca iriam se realizar

Seu filho se formar, sua filha se casar

A cura da doença, a escritura da sua casa, o primeiro beijo, a primeira namorada

As festas da família, a fogueira e a quadrilha dos tempos da escola

Em algum lugar, em algum momento da sua história

Existe um tempo bom, perdido em sua memória

Ninguém veio ao mundo somente para sofrer

Tenha fé, existe um tempo bom preparado para você

O tempo bom existe sim ele sorri, para quem quiser viver

O bom momento vai estar para sempre na sua mente

Basta lembrar para vida ficar diferente

Se ele não veio, é porque estar por vir

Pois Deus existe e gosta de ti

Não dá fardo maior do que se possa suportar

Tem bom ânimo e seja fiel, ser fiel

O tempo bom existe sim ele sorri, para quem quiser viver

O bom momento vai estar para sempre na sua mente

Basta lembrar para vida ficar diferente

Não vai desistir de viver, vai?

Não vai parar e deixar tudo para trás, vai?

Não vai perder, vai?

Desanimar, vai?

Enlouquecer e esquecer do seu projeto que tanto corria atrás

Não, você não vai.

Haja o que houver não desista

Seu bom momento pode estar dançando do seu lado na pista

Então dance com a vida, para que seu bom momento exista

Planeja e realiza, mesa farta com comida

A roupa nova, a calça, o tênis, a camisa

É sempre um bom momento a conquista do que se precisa

O natal dos seus sonhos pode já ter passado

Ou o ano da vitória ainda não foi conquistado

Pisar na areia, entrar no mar , sair todo molhado

Sentir na pele o calor do sol, num domingo à tarde, no campo de futebol

Ou deitar na grama e ver as crianças correndo

Ter certeza que é da maneira certa que está se envelhecendo

Seja qual for o momento, lembre de um bom tempo

Cante a canção, agora mesmo pode ser um tempo bom

O tempo bom existe sim ele sorri, para quem quiser viver

O bom momento vai estar para sempre na sua mente

Basta lembrar para vida ficar diferente

Bons tempos são reais, só que o bom tempo vem e vai

Bons tempos são reais, só que o bom tempo vem e vai

Um tempo bom, todo mundo tem na vida

Lembrar das coisas boas ajuda a prosseguir

Viver um tempo bom é o que você precisa ser feliz e não pensar em nunca desistir.


Aluno: Wellington Oliveira

sábado, 12 de setembro de 2009

Alfredo, é Gisele (Elisa Lucinda)


Sora vê, daqui do táxi a gente sabe é cada coisa... Sabe e aprende, aprende até a não ter preconceito.

Eu vou dizer cada um tem o seu segredo, tem seu cada qual. Nem que seja uma coisica de nada, no fundo todo mundo sabe que la dentro tem uma verdade só dele que as vezes nem ele mesmo sabe.


Outro dia peguei um casal assim já de meia idade, bem apessoado, lá no Centro, eles tinham ido vê uma tal de uma Ópera, sei lá. Já eram umas 11 e meia da noite, a gente veio bem até o Aterro, entramos em Botafogo e o trânsito emperrou. A mulher já azedou na hora e foi falando para o marido: - Que trânsito é esse, quase meia noite? Não é esquisito, Alfredo?


E o tal do Alfredo parecia um homem rico, mas não era fino, sabe? E também não gostava dela não. O cara era uma múmia. A resposta dele pras conversas da mulher tavam mais pra rosnado, sabe?


- Alfredo, isso não é um absurdo? A gente aqui parado num trânsito quase de madrugada, não entendo, é estranho, hoje é sábado. Será que é algum acidente, Alfredo?


Como o homem não dizia nada, eu acabei dando o meu pitaco: - Madame simplesmente aqui, da licença, virou um lugar só de "homensexuais". É cheio de barzinho deles, a rua toda. Fim de semana ferve. Quem quiser ver homem beijando homem e mulher beijando mulher se esfregando um no outro, é aqui mesmo.


- Você tá ouvindo, Alfredo? Meu Deus, eles agora tem até bar pra eles, até rua!? Não é um absurdo, Alfredo?


- Ô Onça, cê me conhece, sabe bem como é que eu sou. Pra mim isso se resolve é na porrada. Se eu sou o pai, eu desço do carro e não quero nem saber o que é que entortou, o que é que virou, não quero saber o que é cu e o que é fechadura, baixo o sarrafo na cambada! Eu, com sem ergonhisse, o sangue sobe, eu viro bicho.


Que isto Alfredo pára de falar essas palavras de baixo calão, Alfredo é muito esquentado né motorista?


Eu dei o meu pitaco: - Oh madame, o negócio que ele tá falando é que nem que eu vi lá no filme é uma metáfora. Ele não vai bater, vai só ficar zangado.


- E o senhor sabe lá o que é metáfora? Fica aqui metendo o bedelho na nossa conversa aqui atras.


- Eu sei o que é metáfora sim! Pelo que eu entendi é assim: aquilo não é aquilo, mas é como se fosse aquilo. Então, em vez da gente dizer que aquilo é como se fosse aquilo, a gente diz que aquilo é aquilo. Mas não é. É como se fosse. Entendeu?


- Eu entendi, mas eu to chocada com essa libertinagem. Olha aquele homem... Alfredo, beijando outro homem, de bigode ainda, Alfredo! Olha Alfredo!


- E hoje tá até fraco. Eu falei. Hoje nem tem os "general"?


- Que general?


- General é aquelas mulheres de coturno que parece meio assim um macho. E o outro tipo de general é aquele homem transformista que é a traveca, mas anda é na gillete mesmo.


- Tá ouvindo, Alfredo? A decadência como estão?


- E a gente vai ter que ficar parado nesta merda, ô Coisa?


- Calma Alfredo, não fica nervoso! Isso é questão do nível das pessoas. A gente que tem... não é motorista? ... A gente tem um nivel, a gente tem mais condições, temos que entender essa, essa, como é que eu digo, meu Deus?


- Putariaaa!


Falamos juntos, eu, ela e o tal do seu Alfredo.

- Cruzes Alfredo, olha aquela moça! Gente, uma menina, dezoito no máximo, e a outra maiorzuda no meio das pernas da coitadinha, fazendo sabe lá o quê! Tá vendo Alfredo aquela alí? Alí, aquela Alfredo, em cima do carro! Olha lá Alfredo, a mão da grandona na menina! Elas vão se beijar na boca, minha Nossa Senhora...


- Que transitozinho, hein jararaca? A gente não vem aqui em Botafogo nunca mais, tá ouvindo ô coisa!


- Mas Alfredo olha as duas meninas! Tá beijando, tá beijando, tá beijando Alfredo! Alfredo! Alfredo! Alfredo! Ela parece... Alfredo é Gisele! Alfredo! Nossa filha!?


- Filha da puuuutaaa...


E desmaiou, o tal doutor me desmaiou, enquanto a jararaca da mulé saiu porta afora de sapato na mão atrás das duas e eu pensando: não quero nem saber, vou encostar o carro aqui mesmo e espero o resolver, que umacorrida dessa eu não vou perder, que eu não sou bobo e nem sou rico. Éruim de eu ir embora, heim?


Ai eu fiquei naquela situação: eu com um cara que era um ex-valente todo desmaiado no banco de trás parecendo uma moça, a mulé pisando forte que nem um um macho, um general, indo atrás da filha, quer dizer, tudo trocado e eles reclamando da filha. Se eu pudesse, eu ia lá defender a moça, mas não posso, já que o negócio é de família, né?


Eu não tenho preconceito não, mas é isso que eu tava falando pra senhora: daqui a gente sabe cada coisa! Mas é cada um com o seu cada qual.


Aluno: André Luiz

Bom dia!!!


Hoje estou com gosto de bala na boca. Não sei o pq. Estou estudando quimica e

pensando em como aproveitei bem tudo oq aprendi no ensino médio. Pra variar estou

sendo irônico. A verdade é que odeio estudar e quimica, puft, Jesus...


O tempo está lindo, um sol avermelhado ao fundo das montanhas, visão contraste no

meio de tanta favela que vejo da janela do quarto. Morar na favela é bom, talvez eu

resolva tirar algumas fotos na laje com um biquininho de 5 reais e postar no orkut.


Por falar em tempo, que frio neh? Adoro...

Não sei viver no calor, mesmo pq, não sei viver. Mas ignorando isso, gente, eu

realmente não sei viver no calor. Eu fico suado e minha pele tem uma generosa

desproporção de óleo, que deixa tudo mais bacana. Fico cansado, mais do que

normalmente. Sem falar nas roupas bacanérrimas que se usa no calor.


Por falar em roupas, desisti de comprar roupas. Sim, estou cheio de roupas, muitas delas

bem legais. Mas e daí !? Eu quero aquela que ainda não tenho. Mas as roupas estão

muito caras sabe...


Dinheiro é sempre um problema. Enquanto eu não for um grande jornalista e trabalhar

na tv com algum programa de humor, ou mesmo ser um rock star que toca pop ou mpb,

não vou ser feliz, não vou ter dinheiro, não vou comer ninguém.


Aliás, já não como ninguém há alguns meses. Até minha avó vem fodendo mais que eu,

e olha que ela está morta.


Por falar em morrer, outro dia quase morri procurando a lente de contato. Ela caiu no

chão e eu, o cara que jurou que só idiotas deixavam as lentes cairem no chão, ficou

igual a um tonto procurando-a por toda a parte. Só pra deixar registrado, ela havia caido

em cima do meu pé.


Meu pé está bem, minhas mãos também, mas meu pescoço está com um corte feio de

gilete. Por isso não gosto de fazer a barba. Mas é foda, sempre que resolvo deixar a

barba, recebo um convite de mulher pra sair.E mulher n gosta muito de cara barbado.

Detesto essas frescuras. Minha esposa vai ter que amar barba, Barbie, barbeiragem e barbecue.


Por falar em Barbie...


Fonte: tequilas-black-bar.blogspot.com

Aluna: Bianca

Postura Corporal


Mais do que um corpo esbelto e sarado, a sedução precisa de inteligência corporal para acontecer. "Uma postura confiante é altamente atraente. Ela diz tudo na hora de seduzir alguém".
Por isso, trabalhe sua autoconfiança e autoestima para não deixar seu corpo expressar o que está "torto" dentro de você.
Fonte: msn.minhavida.com.br
Aluno: Wellington Oliveira

Quase (Sarah Westphal)


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez
é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que
me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór,
está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços,
na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir
entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas,
nem que todas as estrelas estejam ao alcance,
para as coisas que não podem ser mudadas
resta-nos somente paciência
porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória
é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio
ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando, vivendo que esperando
porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.
Aluna: Gabriella Costa de Lima

terça-feira, 16 de junho de 2009

As Religiões e o Aborto





Igreja católica e o aborto

O Catolicismo desde o século IV condena o aborto em qualquer estágio e em qualquer circunstancia, permanecendo até hoje como opinião e posição oficial da igreja católica.
A igreja católica considera que a alma é infundida no novo ser no momento da fecundação; assim, proíbe o aborto em qualquer fase, já que a alma passa a pertencer ao novo ser no preciso momento do encontro do óvulo com o espermatozóide. A punição que a igreja católica dá a quem faz o aborto, é a excomunhão.
Em 1917 a Igreja declarou que uma mulher e todos os que com ela se associasse deveriam receber a excomunhão pelo pecado do aborto. Isso significava que lhe seriam negados todos os sacramentos e sua comunicação com a igreja: uma punição eterna no inferno. Com a encíclica Matrimonio cristão de Pio XI em 1930, ficou determinado que o direito à vida de um feto é igual ao da mulher, e toda medida anticoncepcional foi considerada um "crime contra a natureza" exceto os métodos que estabelecem a abstinência Sexual para os dias férteis.
Em 1976 o Papa Paulo VI disse que o feto tem "pleno direito à vida" a partir do momento da concepção; que a mulher não tem nenhum direito de abortar, mesmo para salvar sua própria vida.


Igrejas Protestantes - batista, luterana, presbiteriana, unitária e metodista.

Na doutrina religiosa dos protestantes, há um leque maior de atitudes em relação ao aborto. Encaram a questão de forma menos homogênea, apresentando enfoques mais flexíveis do que entre as autoridades da Igreja católica romana.
A grande diferença entre católicos e a maioria das igrejas protestantes, está no respeito à vida da mãe. Assim, todos concordam em que é no momento da concepção que esta adquire todos os direitos pessoais e direitos atinentes à maternidade, pois é encarregado de gestar, cuidar e alimentar o embrião desde o momento de sua concepção até o momento de seu nascimento. Ao mesmo tempo é preciso ver que o médico tem o dever primordial para com a mãe, pois foi ela a pessoa que o requisitou. Assim, se uma escolha tiver de ser feita entre a vida da mãe e a do embrião ou do feto, recairá sempre sobre ela a escolha prioritária, cabendo, portanto ao médico decidir, em ultima analise quando ele poderá desligar a mãe de sua responsabilidade em relação ao feto. Foram os países protestantes os primeiros neste século a adotar legislações mais liberais em relação ao aborto.


Religiões islâmicas

Os líderes islâmicos em geral se mostraram desfavoráveis ao aborto, mas recentemente alguns emitiram opiniões menos conservadoras. Assim, o grão mufti da Jordânia escreveu em 1964: "Antigos juristas, há 1500 anos, afirmaram que é possível tomar medicamentos abortivos durante a fase da gravidez anterior à conformação do embrião em forma humana. Esse período gira em torno dos 120 primeiros dias, durante os quais o embrião ou feto ainda não é um ser humano".
Estas reflexões, prossegue ele, estão contidas num verso do Corão (livro sagrado muçulmano):
"Nós o colocamos
Como uma gota de semente
Em local seguro
Preso com firmeza:
Depois fundimos
A gota em coalhos
Moldamos
Um (feto) bolo; então
Nesse bolo talhamos
Ossos, e vestimos os ossos
Com carne;
Então o produzimos
Como outra criatura
Assim, bendito é Deus
O melhor Criador".
Isto é, só depois de ser "vestido" com carne e osso, se torna ser humano. Só a partir desse momento é que o aborto seria punido como assassinato, segundo os juristas muçulmanos dessa época, e que agora, dados os intensos debates que ressurgem sobre o tema, são redescobertos.


Religião Judaica

Na Michna - código oral resultante das interpretações dos rabinos sobre o Torah (livro sagrado) no século II -, considerava-se a vida da mãe como mais sagrada que a do feto.
No século XII Maimonide, médico e teólogo muito famoso, introduziu a noção de criança agressora para autorizar o aborto terapêutico.
Recentemente, em 1969, o rabino David Feldman, ao prestar depoimento num processo instaurado em Nova Iorque, em que se erguia a inconstitucionalidade das leis desse Estado contra o aborto, afirmou que, do ponto de vista judaico, se o aborto não é desejável, também não é considerado um assassinato, e que em todos os casos é a saúde da mulher que prevalece, tanto no que se refere ao equilíbrio físico como psíquico. Para os judeus, o feto só se transforma num ser humano quando nasce, e isso se deve a concepções teológicas diferentes em relação à alma e "pecado original".
Segundo Feldman, a alma não é extensível nem redutível, não cresce durante nove meses, assim como não diminui, porque é de natureza espiritual. Se a alma é pura e espiritual, o problema do momento de sua encarnação deixa de ter uma importância fundamental, pois ela voltaria a Deus em qualquer circunstância. O verdadeiro problema é o de saber se o feticídio é um homicídio.


Religião Espírita

Religião extremamente difundida no Brasil, em particular o kardecismo, é encontrada também sob outras denominações. Todas concordam, de maneira geral, no que tange ao aborto, em considerá-lo um crime; mas por razões diversas daquelas apontadas pela igreja católica. Vêem nesse ato uma recusa aos desígnios de Deus. Ao mesmo tempo, consideram a vida do ser já existente como prioritária em relação ao ser que ainda não existe e, havendo risco para a mãe, a interrupção da gravidez pode ser praticada.
O Espírito, segundo sua doutrina, sempre existiu, desligando-se pela morte e reencarnando em outro corpo. Para eles, portanto, não há, no caso de um aborto, a "morte" de um ser. O que existe é a frustração de um Espírito que tem seu corpo abortado. Se as razões para esta interrupção da gravidez forem injustificáveis, os causadores terão naquele espírito um inimigo perigoso, causa de males futuros.
Podemos concluir que não há unanimidade e respeito do emprego de métodos contraceptivos nem da prática do aborto entre os seguidores das diversas interpretações do espiritismo. O grau de punição pelo ato praticado varia conforme o contexto individual.


Candomblé

Liturgia de tradição oral, não constam escritos doutrinários. De maneira ampla, afirmam que não há restrições à vida sócio-afetiva (incluindo aí o relacionamento sexual) dos adeptos, sendo o aborto permitido por sacerdotisas e sacerdotes conhecidos do Rio de Janeiro. Abrem, no entanto uma exceção a essa liberdade, quando se constata que a concepção daquele feto ocorreu durante um período de recolhimento religioso, pois neste caso poderia ter-se dado por injunções alheias à vontade daquela mulher que devem ser por ela acatadas. Mantêm a tradição e o emprego de diversos métodos anticoncepcionais trazidos da África em séculos passados.


Budismo, Hinduismo e o Hare Krishna

Para essas religiões, o cerne da questão está na forma como encaram o sêmen, considerado o veículo transmissor da vida. Isto significa que é no momento da concepção óvulo-espermatozóide, que se dá o início da vida.
Concluí-se, pelas visões diferenciadas dos corpos masculino e feminino, que essas religiões defendem que o homem é o portador da vida, e a mulher portadora de um corpo cuja única finalidade é proteger o feto. Ambas as religiões defendem uma visão machista, onde o homem é quem tem o direito de decidir pela continuidade ou não da gestação.
Entre gueixas o aborto é normal, já nas mulheres sérias o aborto só é feito perante a autorização do marido.


E você, leitor? Qual sua religião (caso tenha alguma.) e qual sua posição em relação ao aborto ?


Fonte para pesquisa: http://www.aborto.com.br/religiao/index.htm